Uma pequena introdução.

Atender público.  Fácil imaginar a quantidade de histórias e situações que se passam e se vêm acontecer.  Assim, achei que poderia escrever...

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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Quando é que ir a casa de banho se tornou uma ciência?!



Vamos lá a ver, se alguém me pode explicar, quando é que ir a casa de banho se tornou uma ciência?!

Srs clientes, tanto quanto me lembro, a maior parte dos estabelecimentos comerciais, especialmente os desta Era, têm sempre pelo menos duas casas de banho.


E julgo não ser ciência nenhuma, perceber que uma será para uso das Senhoras e outra para uso dos Senhores.


Então, perceba-se, que a não ser que seja algum indeciso, que ainda não se definiu como Sr ou Sra, não há razão nenhuma, para não se ser educado e esperar-se pela sua vez, para se aliviar na casa de banho a que o seu género corresponde. 


Claro, que às vezes, alguma pessoas até se podem tentar desculpar com a confusão que algumas sinaléticas podem provocar. É bem verdade que o típico "boneco" do Sr e da Sra, estão a cair em desuso e cada vez mais se vêm desenhos incomuns para representar o simples: casa de banho feminina e casa de banho masculina. 

Mas acho, que nem isso servirá de desculpa, pois vejamos:
  • "Em caso de dúvida, perguntar-se!";
  • Em princípio, se sou homem e saiu de lá uma mulher, é porque estou a olhar para a porta errada;
  • E por fim, se têm "urinol", será um forte indício que é a certa.
 

Por fim, não basta só ir a casa de banho certa, convém também fechar a porta!

Eu sei que os Srs gostam de medir "pilinhas", e não se acanham em urinar em qualquer sítio ou situação, mas qualquer Sra que possa passar em frente à porta, com certeza que não terá o mesmo àvontade. 

Pelo contrário. Por muito claustrofóbico que possam ser Srs, é muito feio urinar de porta aberta.

Não há pachorra!

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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Quando um cliente é invisível.


Quando um cliente é invisível.

Um cliente por norma só é invisível, quando: 

Estamos ocupados e sem querer não damos conta de que ele nos chamou,

Ou quando há outro cliente que acha que é melhor que os outros e tenta passar à frente.

Assim sendo, o cenário é o seguinte: 

Eu estou a atender os clientes da mesa A e já está no cliente B ao balcão à minha espera para fazer a conta. E eis que chega a "cavalgadura" do cliente C, que há meia hora estava sentado a beber café, e derrepente lembrou-se que tinha pressa e com uma nota na mão e com a outra a bater no balcão, começa a falar alto, a dizer "hó rapaz! Faz-me lá o troco!"

Verdade seja dita, que eu não sei se foi pelo olhar que recebeu dos outros clientes, ou se foi pela minha resposta (a muito custo educada) : "Sr, tem que esperar uns minutos porque há outras pessoas há sua frente!".

O cliente, ficou vermelho, e parece que lá abriu os olhos e viu que eu tinha razão, pois não disse mais nada e acabou por esperar pela vez dele como devia ter sido desde o princípio.

Não há pachorra!

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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Fim do dia/ fim do turno


No mundo comum, as pessoas chegam ao fim do turno, arrumam as suas coisas, picam ponto e vão á vida delas. 

Ainda há uma ou outra, que por diversas razões, têm que fazer horas extra esporadicamente.

E depois, há o pessoal da restauração!

Como descrever o fim do dia no mundo dos cafés, restaurantes e afins? 

Como explicar ás pessoas que quando dizemos que está na hora de encerrar, é mesmo para encerrar e não para beber mais uma (que nunca fica só por aí) rápido, antes de ir embora?! 

Como deixar claro, que quando começamos a varrer e a apagar as luzes, significa que já estamos fartos de que estejam a "fazer sala" e também merecemos ir a nossa vida como o comum dos mortais?!

Sim, porque ao contrário do que muita gente pensa, nós não estamos no café por recreio, na maioria das vezes, nem horas extras nos pagam e também temos família, amigos e compromissos bem mais apetecíveis.

Resumindo: se o estabelecimento fecha às 2h, comecem a beber as "abaladiças" ás 24h para despachar a coisa!

Não há pachorra!

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quarta-feira, 24 de março de 2021

"Fazer piscinas"

 

Senhores Clientes, alguma vez vos passou pela cabeça que nós somos seres humanos, com pernas e costas?

Alguma vez pensaram que também adoece-mos, e cansamos-nos como os comuns mortais?

Já se lembraram, que o patrão não nos paga ao Km e que "fazer piscinas" não é uma boa prática  neste ramo?

Assim sendo, comecem a fazer o vosso pedido por completo e de uma vez por favor, em vez de o fazerem às prestações! 

"Boa tarde! O que vai ser?
-"Eu queria um café!" (Vêm o café) 
-"Podia trocar o açúcar por adoçante?" (Faz-se a troca) 
-"Traga-me um copo de água também!" ( Vêm o copo de água)
-"Pague lá!" (E dão-nos uma nota de 20€ para pagar um café que custa 0.60€)

Com isto, já fizemos mais uns bons metros á custa de mentes pequenas que só se importam com o bem estar delas mesmas!

Não há pachorra!!!!

Empregado de Balcão 

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quinta-feira, 11 de março de 2021

A boa educação.

Que fique bem claro que quem trabalha com público, não é obrigado a ser simpático.

Até porque ser-se simpático nesta profissão, às vezes, dá asas a que nos interpretem de maneira errada, e a que abusem da confiança.

Mas somos obrigados, sem dúvida, a ser educados. Tal como os clientes também deveriam ser.

Para que se perceba, acontece tão pouco, que é extremamente gratificante, ouvir os clientes a dar-nos os "bons dias", as "boas tardes" e a dizerem "obrigado".

Assim, tenho uma proposta para vocês: façam felizes um empregado de balcão, sejam bem educados com ele! 

Não há pachorra!

Empregado de Balcão



terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A saga dos caracóis.

Estamos no meio do verão e um dos petiscos mais procurados são os caracóis.

Assim vou falar sobre "A saga dos caracóis."

Acontece que como não temos logística no estabelecimento para os confeccionar, compramos os bichos congelados, já confeccionados. É só aquecer e pronto! 

Eu não sou apreciador deste prato, mas acredito que depois de vender algumas doses em que os pratos estão limpinhos e os clientes pagam sem reclamar de nada, deve significar que o petisco não é mau de todo.

Por fim aparece sempre o do contra! Alguém que tem alguma coisa a dizer, mesmo que sem sentido nenhum.

Assim, depois de o prato estar a meio, vossa excelência faz-me sinal para me dizer que além de salgados, em cada 10 conchas apenas se tirava um bicho.

Na minha cabeça começa então uma sucessão de pensamentos do tipo: " Agora é que te queixas?"; " Deves ser mais esquisito que os outros!"; " Vai queixar-te a quem os fez!"; " Provavelmente fugiram quando te viram!" ... 

Mas pronto, como dizem os pinguins do filme Madagáscar : " É sorrir e acenar!" . 

E assim abanei a cabeça, e virei costas. No fim apresentei a conta, levei com duas ou três "carvalhadas" que engoli de má cara, mas amanhã há mais...

Moral da história: quando temos que engolir a situação, " é sorrir e acenar!"


Não há pachorra!

Empregado de Balcão

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

Estamos em plena época covid 19. Existe algum medo e existem regras extra. 

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

 

Eu passo um dia de trabalho inteiro de máscara na cara. Apenas a tiro para comer ou beber água. Faço isto, não só porque sou obrigado, mas também para proteger os outros: os clientes da casa e a minha família.

Dito isto, noutro dia, entrei a serviço a meio da tarde, e quando cheguei deparei-me com um grupo de "Srs" ao balcão a encanar minis. (Que se note que nestes últimos meses as pessoas preferem ficar na esplanada. Não têm problemas nenhuns em estarem ao monte na rua, tudo só para não terem que usar máscara.) 

Assim, eu fiz a minha parte. Com toda a educação que tinha, perguntei aos "Srs" se traziam máscara. Ao que a resposta por parte de uma cavalgadura foi: ao contrário de mim, eles eram bonitos e não precisavam de se tapar. 

Ok, tinham começado as hostilidades! Fiquei pasmo, mas ainda caí na asneira de lhes perguntar se sabiam que era obrigatório por lei usar máscara dentro do café, apesar de terem de a tirar no ato do consumo. 

E assim fui de "criatura" para cima, pois os "Srs" deduziram que eu os estava a ameaçar, e acharam que me podiam ofender á vontade.

Acabei por ter que lhes explicar que eu não lhes tinha faltado ao respeito e nem admitia que mo faltassem a mim. Assim, acabaram por abandonar o estabelecimento, ainda a apregoar, mas lá foram. 

No final do dia, para descargo de consciência, achei por bem contar o sucedido ao meu patrão, que me disse que a culpa era minha porque tinha provocado os "Srs". Segundo ele, nós não podemos dizer as pessoas para usar máscara, vai do bom senso de cada um.

Moral da história: não tentes fazer o que achas correto quando não to mandaram fazer!

Não há pachorra!

Empregado de Balcão