Uma pequena introdução.

Atender público.  Fácil imaginar a quantidade de histórias e situações que se passam e se vêm acontecer.  Assim, achei que poderia escrever...

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

"As meias usam-se nos pés"

 "As meias usam-se nos pés!"

Então vamos lá imaginar este cenário: 

O cliente pede meia aguardente velha, mas no estabelecimento onde trabalho, a nossa política é de haver apenas doses completas. 

Como já trabalho nisto há uns anos, já não argumento, sirvo e pronto! 

E depois começa o "fado"! O cliente vê-se bem servido, bebe e não diz nada. Chega a hora de pagar, pedimos-lhe o valor justo e reclamam que é muito só por um "chiripiti" ( seja lá o que isto significa) ! 

Não há pachorra!!!

Empregado de Balcão

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Confinamento!

Vamos lá ver, quase um ano que se passou desde que se começou a falar em Covid 19. 

Fomos aqueles que fecharam; aqueles que investiram para reabrir em segurança; aqueles que se adaptaram e em muitos casos perderam muito com isso; aqueles cujo melhor amigo passou a ser o desinfestante; aqueles que na linha da frente, promoveram o uso de máscaras; aqueles que têm as mãos assadas de tanto as lavar e a cara irritada de estar coberta um dia inteiro; etc. 

Cumprimos da melhor maneira e como nos foi possível, todas as regras impostas, sem que nunca nos fosse dada a hipótese de tentarmos voltar ao normal (horários, lotação,etc). 

No final, quando são precisas decisões importantes, nós continuamos a ser o elo mais fraco e os primeiros a tombar! 

Pouco importa o esforço, pois parece que o Covid-19 é selectivo. 

Parece que só ataca pessoas que almoçam fora, que bebem uma cervejinha ao fim do dia, que fazem madeixas e manicura e que gostam de música ao vivo.

Não há pachorra!

Força a todos! 

Empregado de balcão

"Onde é que eu vou ver o futebol?"

 "Onde é que eu vou ver o futebol?"

Segundo o estado, os concelhos com risco elevado de contágio de covid-19 têm regras específicas. Entre elas a obrigatoriedade de encerrar o estabelecimento as 13h.

Assim: " Hó rapaz, a que horas fecham no sábado?"

"Fecharemos às 13h, como nos mandam"

"Então, e onde é que eu vou ver o meu Sporting?"

A sério???? 

É só problemas! 

Bolas, como se a situação actual do país fossem "pinuts" comparado com o problema de não ter sítio para se ver o futebol...

Não há paciência!!

Empregado de Balcão

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A saga dos caracóis.

Estamos no meio do verão e um dos petiscos mais procurados são os caracóis.

Assim vou falar sobre "A saga dos caracóis."

Acontece que como não temos logística no estabelecimento para os confeccionar, compramos os bichos congelados, já confeccionados. É só aquecer e pronto! 

Eu não sou apreciador deste prato, mas acredito que depois de vender algumas doses em que os pratos estão limpinhos e os clientes pagam sem reclamar de nada, deve significar que o petisco não é mau de todo.

Por fim aparece sempre o do contra! Alguém que tem alguma coisa a dizer, mesmo que sem sentido nenhum.

Assim, depois de o prato estar a meio, vossa excelência faz-me sinal para me dizer que além de salgados, em cada 10 conchas apenas se tirava um bicho.

Na minha cabeça começa então uma sucessão de pensamentos do tipo: " Agora é que te queixas?"; " Deves ser mais esquisito que os outros!"; " Vai queixar-te a quem os fez!"; " Provavelmente fugiram quando te viram!" ... 

Mas pronto, como dizem os pinguins do filme Madagáscar : " É sorrir e acenar!" . 

E assim abanei a cabeça, e virei costas. No fim apresentei a conta, levei com duas ou três "carvalhadas" que engoli de má cara, mas amanhã há mais...

Moral da história: quando temos que engolir a situação, " é sorrir e acenar!"


Não há pachorra!

Empregado de Balcão

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

Estamos em plena época covid 19. Existe algum medo e existem regras extra. 

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

 

Eu passo um dia de trabalho inteiro de máscara na cara. Apenas a tiro para comer ou beber água. Faço isto, não só porque sou obrigado, mas também para proteger os outros: os clientes da casa e a minha família.

Dito isto, noutro dia, entrei a serviço a meio da tarde, e quando cheguei deparei-me com um grupo de "Srs" ao balcão a encanar minis. (Que se note que nestes últimos meses as pessoas preferem ficar na esplanada. Não têm problemas nenhuns em estarem ao monte na rua, tudo só para não terem que usar máscara.) 

Assim, eu fiz a minha parte. Com toda a educação que tinha, perguntei aos "Srs" se traziam máscara. Ao que a resposta por parte de uma cavalgadura foi: ao contrário de mim, eles eram bonitos e não precisavam de se tapar. 

Ok, tinham começado as hostilidades! Fiquei pasmo, mas ainda caí na asneira de lhes perguntar se sabiam que era obrigatório por lei usar máscara dentro do café, apesar de terem de a tirar no ato do consumo. 

E assim fui de "criatura" para cima, pois os "Srs" deduziram que eu os estava a ameaçar, e acharam que me podiam ofender á vontade.

Acabei por ter que lhes explicar que eu não lhes tinha faltado ao respeito e nem admitia que mo faltassem a mim. Assim, acabaram por abandonar o estabelecimento, ainda a apregoar, mas lá foram. 

No final do dia, para descargo de consciência, achei por bem contar o sucedido ao meu patrão, que me disse que a culpa era minha porque tinha provocado os "Srs". Segundo ele, nós não podemos dizer as pessoas para usar máscara, vai do bom senso de cada um.

Moral da história: não tentes fazer o que achas correto quando não to mandaram fazer!

Não há pachorra!

Empregado de Balcão

 

" Oh pá! Traz lá mais umas minis!"

Pensamento do dia: 



Uma pequena introdução.

Atender público. 

Fácil imaginar a quantidade de histórias e situações que se passam e se vêm acontecer. 

Assim, achei que poderia escrever sobre o assunto e partilhar com quem se possa interessar, pelos desabafos de um empregado de balcão.

Vou apresentar, os meus pensamentos, que serão aquelas respostas que engoli em seco e apenas pensei ou não precisa-se eu do ordenado ao fim do mês.

Farei também os meus desabafos acerca das situações, que merecem a minha opinião, pois ao contrário daquilo que se diz, o cliente não tem sempre razão e ás vezes deixam a boa educação e o bom senso em casa e decidem ir espalhar o pânico para os cafés, porque acham que os funcionários têm que levar com tudo e pronto.

Não há pachorra!

 Empregado de balcão