Uma pequena introdução.

Atender público.  Fácil imaginar a quantidade de histórias e situações que se passam e se vêm acontecer.  Assim, achei que poderia escrever...

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Pensamento do dia: Hora do chá

Hora do chá

 Hora do Chá

Pois bem, se falar em clientes típicos, não posso deixar de falar nas Senhoras dos chás. 

Imaginem um grupo de Sras sorridentes, mas muito picuinhas, sentam-se a ocupar no mínimo 2 mesas, vêm para ficar no convívio pelo menos 2 horas e pedem um bule de chá para 4. 

Chega-se a parte da questão: " Que chá vão as Sras querer?", e depois de 10 minutos a perguntarem entre elas que chá é que iriam beber, acabam por responder "Escolha você!".

Claro que isto não é assim tão simples. 

Como devem imaginar, nós somos treinados para que haja o menos desperdício e quebras possível. Logo a expressão "Escolha você!" é música para os nossos ouvidos, quando temos algum produto a ganhar raízes que queremos despachar. 

Mas como é óbvio, essa técnica não funciona com as Sras da hora do chá.

Pobre do coitado que se lembre de se excêntrico o suficiente para lhes levar um "maçã-canela", ou um "gêngibre-limão", ou ainda talvez um "romã-acaí". 

Com estas Sras da hora do chá, se está encalhado, deixá-lo ficar, porque traduzindo a resposta "Escolha você!", é o mesmo que dizer, "traga-nos qualquer coisa convencional (tipo camomila, cidreira, etc.) e deixe-se de invenções se não nós fazemos-lhe o cérebro em papas!"

Por fim, há sempre uma destas Sras da hora do chá, que até tem um pingo de consciência e ao lembrar-se que nem a água que consumiram estão a pagar, decide então, perguntar se não querem beber mais nada.

E pronto!

Lá vai para a mesa mais um bule cheio de água para 4. Ainda tenho que lhes levar chávenas lavadas, pois aquelas já ali estavam a apanhar pó à umas boas meias-horas. E assim se aguentam ali mesmo mais uma horita, pois ainda há mais umas coisitas para dizer.

Não há pachorra!

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quarta-feira, 21 de abril de 2021

"Hó rapaz! O café hoje está muito mau!"


 "Hó rapaz chega aqui! O café hoje está muito mau!"

 "-Peço imensa desculpa, Senhor. Não sei o que se passou. Deixe-me tirar-lhe outro! 

 "Agora já não vale a pena, já bebi este!"

Certo, e queixou-se para quê, só para se sentir bem? Se não tem intenção de deixar compensar o erro (se é que realmente o houve), então não valia a pena incomodar, quem trabalha, com isso.

Nós não somos perfeitos, e ás vezes também acontecem coisas que fogem ao nosso controlo. Mas por norma, estamos "formatados" para tentar remediar ou compensar os nossos erros.

Assim, se tem que reclamar com alguma coisa, está no seu direito. Mas de seguida aceite as desculpas ou a compensação do funcionário, para que o assunto possa ser dado como resolvido, e não fique a assombrar a cabeça de ninguém.

Não há pachorra!

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

"As meias usam-se nos pés"

 "As meias usam-se nos pés!"

Então vamos lá imaginar este cenário: 

O cliente pede meia aguardente velha, mas no estabelecimento onde trabalho, a nossa política é de haver apenas doses completas. 

Como já trabalho nisto há uns anos, já não argumento, sirvo e pronto! 

E depois começa o "fado"! O cliente vê-se bem servido, bebe e não diz nada. Chega a hora de pagar, pedimos-lhe o valor justo e reclamam que é muito só por um "chiripiti" ( seja lá o que isto significa) ! 

Não há pachorra!!!

Empregado de Balcão

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A saga dos caracóis.

Estamos no meio do verão e um dos petiscos mais procurados são os caracóis.

Assim vou falar sobre "A saga dos caracóis."

Acontece que como não temos logística no estabelecimento para os confeccionar, compramos os bichos congelados, já confeccionados. É só aquecer e pronto! 

Eu não sou apreciador deste prato, mas acredito que depois de vender algumas doses em que os pratos estão limpinhos e os clientes pagam sem reclamar de nada, deve significar que o petisco não é mau de todo.

Por fim aparece sempre o do contra! Alguém que tem alguma coisa a dizer, mesmo que sem sentido nenhum.

Assim, depois de o prato estar a meio, vossa excelência faz-me sinal para me dizer que além de salgados, em cada 10 conchas apenas se tirava um bicho.

Na minha cabeça começa então uma sucessão de pensamentos do tipo: " Agora é que te queixas?"; " Deves ser mais esquisito que os outros!"; " Vai queixar-te a quem os fez!"; " Provavelmente fugiram quando te viram!" ... 

Mas pronto, como dizem os pinguins do filme Madagáscar : " É sorrir e acenar!" . 

E assim abanei a cabeça, e virei costas. No fim apresentei a conta, levei com duas ou três "carvalhadas" que engoli de má cara, mas amanhã há mais...

Moral da história: quando temos que engolir a situação, " é sorrir e acenar!"


Não há pachorra!

Empregado de Balcão

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

Estamos em plena época covid 19. Existe algum medo e existem regras extra. 

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

 

Eu passo um dia de trabalho inteiro de máscara na cara. Apenas a tiro para comer ou beber água. Faço isto, não só porque sou obrigado, mas também para proteger os outros: os clientes da casa e a minha família.

Dito isto, noutro dia, entrei a serviço a meio da tarde, e quando cheguei deparei-me com um grupo de "Srs" ao balcão a encanar minis. (Que se note que nestes últimos meses as pessoas preferem ficar na esplanada. Não têm problemas nenhuns em estarem ao monte na rua, tudo só para não terem que usar máscara.) 

Assim, eu fiz a minha parte. Com toda a educação que tinha, perguntei aos "Srs" se traziam máscara. Ao que a resposta por parte de uma cavalgadura foi: ao contrário de mim, eles eram bonitos e não precisavam de se tapar. 

Ok, tinham começado as hostilidades! Fiquei pasmo, mas ainda caí na asneira de lhes perguntar se sabiam que era obrigatório por lei usar máscara dentro do café, apesar de terem de a tirar no ato do consumo. 

E assim fui de "criatura" para cima, pois os "Srs" deduziram que eu os estava a ameaçar, e acharam que me podiam ofender á vontade.

Acabei por ter que lhes explicar que eu não lhes tinha faltado ao respeito e nem admitia que mo faltassem a mim. Assim, acabaram por abandonar o estabelecimento, ainda a apregoar, mas lá foram. 

No final do dia, para descargo de consciência, achei por bem contar o sucedido ao meu patrão, que me disse que a culpa era minha porque tinha provocado os "Srs". Segundo ele, nós não podemos dizer as pessoas para usar máscara, vai do bom senso de cada um.

Moral da história: não tentes fazer o que achas correto quando não to mandaram fazer!

Não há pachorra!

Empregado de Balcão

 

" Oh pá! Traz lá mais umas minis!"

Pensamento do dia: