Uma pequena introdução.

Atender público.  Fácil imaginar a quantidade de histórias e situações que se passam e se vêm acontecer.  Assim, achei que poderia escrever...

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quinta-feira, 22 de julho de 2021

"Os engravatados"

Os "Engravatados".

Uma tarde destas, estava eu sossegado, quando entra um grupo de "engravatados", daqueles que só pela linguagem se percebe logo que de bom só têm aparência.

Mas como eu tenho que fazer o meu trabalho e pronto, lá vou atender vossas excelências, que com muito alarido e várias viagens da minha parte, lá pedem cafés, whiskys e runs. 

Passada a parte das aparências, até porque lhes estava a ficar caro, chegamos então á parte da boa e barata cervejinha. 

Pena, que a esta altura e "litragem", além de já terem perdido a necessidade de "boa aparência", também já tinham perdido a réstia de sensatez que poderiam trazer com eles.

Pedem uma rodada de "imperiais" e há uma "cavalgadura" que diz que a dele sabe a sumo de maçã.

Eu desprevenido e sem acreditar que estavam a falar a sério, sorri com toda a boa educação e continuei o meu trabalho.

E pedem a segunda rodada. Desta vez uma "cavalgadura" diferente, diz que a imperial dele não era igual á dos outros e que eu tinha que resolver isso. Eu levei o copo para dentro, tirei-lhe outra cerveja a qual o Sr disse que estava melhor.

Como se estava a espera, na terceira rodada, ouve mais uma queixa. Desta vez a "cavalgadura" em questão diz que a cerveja dele parecia "mijo".

Pois, eu que já estava "cheio" e já tinha ouvido o suficiente, mas ainda com toda a educação que me restava, dei a minha palestra: disse-lhes que a cerveja saía toda da mesma máquina, os copos eram todos iguais e lavados no mesmo sítio e que as mãos que as tiravam também foram sempre às mesmas.

Assim, "peço desculpa, mas tenho outros clientes á espera". E deixei-os com o "mijo" a frente.

Ainda tentaram uma quarta rodada, mas eu fiz de conta que estava extremamente ocupado e que não os ouvia. Lá desistiram.

Talvez o único com vergonha na cara, levantou-se e dirigiu-se ao balcão para fazer contas. A qual eu lhe apresentei com um sorriso no rosto enquanto o vi perder a cor quando olhou para o valor no talão.

Não há pachorra!

Empregado de balcão

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quinta-feira, 18 de março de 2021

Clientes "pica miolos"

Um cliente em modo pica miolos:

Pede uma chouriça, mas acontece que nesse dia eu já não tinha pão e ele queria na mesma mas com desconto!

Eu comecei por dizer que lha fazia se quisesse, mas não lhe podia fazer o desconto e assim começou a cantiga que isso era uma treta e afins.

Argumentei então que não mandava nada, só cumpria ordens e que se ele queria regatear estava no sítio errado a falar com a pessoa errada.

Mas o cliente continua com as hostilidades, até que: "Bla Bla Bla isso é a mesma coisa que ir às p*t*s, pagar por uma f*d* e só levar um br*ch*!"

Eu passei-me! 

Acabei por dizer-lhe que não bebo copos com ele nem andei com ele na escola para ouvir estas coisas. E virei costas.

Ele ainda continuou a ladrar mais um tempo e acabou por se calar e por ir embora... 

Sei que perdi a razão, mas a paciência tem limites e o cliente não tem sempre razão.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

Estamos em plena época covid 19. Existe algum medo e existem regras extra. 

 

Desabafos: hostilidades sobre máscaras

 

Eu passo um dia de trabalho inteiro de máscara na cara. Apenas a tiro para comer ou beber água. Faço isto, não só porque sou obrigado, mas também para proteger os outros: os clientes da casa e a minha família.

Dito isto, noutro dia, entrei a serviço a meio da tarde, e quando cheguei deparei-me com um grupo de "Srs" ao balcão a encanar minis. (Que se note que nestes últimos meses as pessoas preferem ficar na esplanada. Não têm problemas nenhuns em estarem ao monte na rua, tudo só para não terem que usar máscara.) 

Assim, eu fiz a minha parte. Com toda a educação que tinha, perguntei aos "Srs" se traziam máscara. Ao que a resposta por parte de uma cavalgadura foi: ao contrário de mim, eles eram bonitos e não precisavam de se tapar. 

Ok, tinham começado as hostilidades! Fiquei pasmo, mas ainda caí na asneira de lhes perguntar se sabiam que era obrigatório por lei usar máscara dentro do café, apesar de terem de a tirar no ato do consumo. 

E assim fui de "criatura" para cima, pois os "Srs" deduziram que eu os estava a ameaçar, e acharam que me podiam ofender á vontade.

Acabei por ter que lhes explicar que eu não lhes tinha faltado ao respeito e nem admitia que mo faltassem a mim. Assim, acabaram por abandonar o estabelecimento, ainda a apregoar, mas lá foram. 

No final do dia, para descargo de consciência, achei por bem contar o sucedido ao meu patrão, que me disse que a culpa era minha porque tinha provocado os "Srs". Segundo ele, nós não podemos dizer as pessoas para usar máscara, vai do bom senso de cada um.

Moral da história: não tentes fazer o que achas correto quando não to mandaram fazer!

Não há pachorra!

Empregado de Balcão